TEXTO EXPOSITIVO-ARGUMENTATIVO -EXEMPLIFICAÇÃO Esta tipologia textual é utilizada quando se pretende levar o recetor a modificar comportamentos. Destina--se a convencer, persuadir da verdade, ou não, de uma determinada tese (ideia). Para isso, apresentam-se argumentos, e exemplos, que levam à formulação de uma conclusão, sendo, portanto, necessária a utilização de processos e mecanismos linguísticos que conduzam à reiteração, ou refutação, da tese inicial. Pode não se partir de uma tese, mas apresentar um raciocínio conducente à sua formulação. Os argumentos utilizados devem ser pertinentes e válidos, embora possam obedecer a diversos princípios, entre outros: a) autoridade (opinião de alguém conceituado ou estudioso do tema); b) universalidade (devem ser aceites por toda a gente); c) experiência própria (baseados na vida pessoal); d) bíblicos (citando agens ou figuras da bíblia). Para um trabalho correto deve obedecer ao seguinte esquema de análise, e consequente abordagem, do texto/tema. 1º o - Ler a afirmação e a instrução apresentadas. 2º o - Sublinhar o enunciado em função do solicitado na instrução. 3º o - Registar as ideias principais e proceder à planificação do texto. 4º o - Redigir o texto segundo o plano construído/a construir. 5º o - Rever o texto produzido a nível do cumprimento do número de palavras, correção ortográfica e sintática e ao nível da coesão e coerência textuais 1º o - ler Afirmação "A educação serve para formar pessoas, não devendo ser apenas encarada na perspetiva da formação para o mercado de emprego." Jorge Sampaio. Quero Dizer-vos. Editorial Notícias, l ed., dezembro de 2000
Instrução Partindo da perspetiva exposta no excerto transcrito, escreva um texto, devidamente estruturado, de 200 a 300 palavras, sobre a importância da escola na formação académica dos jovens e os seus contributos para a formação integral. Fundamente o seu ponto de vista recorrendo, no mínimo, a dois argumentos e ilustre cada um deles com, pelo menos, um exemplo significativo. 2º o - sublinhar A educação serve para formar pessoas, não devendo ser apenas encarada na perspetiva da formação para o mercado de emprego. Partindo da perspetiva exposta no excerto transcrito, escreva um texto, devidamente estruturado, de 200 a 300 palavras, sobre a importância da escola na formação académica dos jovens e os seus contributos para a formação integral.
3º o - fazer o plano de texto A educação é mais do que aprender conteúdos e conceitos. Deve a) transmitir valores e atitudes; b) formar para o mercado de trabalho; c) promover a realização pessoal. Introdução 1º parágrafo - Apresentação do tema: o caráter abrangente da escola e as suas múltiplas funções. Desenvolvimento 2º parágrafo - Argumento 1: o valor e o mérito da escola na transmissão de conhecimentos; o saber dos livros que conduz ao saber fazer Exemplo: o currículo formal, sistematização dos conhecimentos 3º parágrafo - Argumento 2: a escola enquanto microssociedade Exemplo: existência de regras e sua aceitação Conclusão 4º parágrafo - retoma da tese (a escola - o saber fazer e o saber ser) 4º o - escrever A escola é uma instituição milenar e, desde sempre, tem existido com a finalidade de formar, isto é, por um lado, transmitir conceitos e conteúdos teóricos e/ou práticos que permitam a aquisição de competências para o desempenho de uma profissão, e, por outro, educar, no sentido de promover, e incentivar, a prática de comportamentos sociais e atitudinais salutares e baseados no respeito. Em primeiro lugar, a escola constitui, ainda, uma das principais fontes de aquisição de conhecimentos e cultura da sociedade moderna. A transmissão do saber estruturado e sistematizado e a existência de espaços próprios para desenvolver as capacidades e interiorizar métodos de trabalho são inegáveis fontes de enriquecimento do ser humano, constituindo uma mais-valia quando se trata de aplicar, através do desempenho de uma tarefa, as competências adquiridas. Por outro lado, ao saber teórico é adicionado o fator "treino", o que contribui para a valorização da componente prática, além de permitir a autoformação. Em segundo lugar, realça-se o caráter microcósmico da escola. Sendo um espaço onde diversos agentes se relacionam, cada um com as suas especificidades, é suscetível à existência de conflitos relacionais. De um lado os alunos, cuja irreverência e atitude desafiadora, própria das gerações mais novas, é um facto e gera, por vezes, comportamentos pouco dignos e pouco corretos, do outro, os adultos, professores e outros agentes cuja experiência de vida lhes outorga o direito de repreender e insistir na necessidade de refletir sobre os atos praticados. Se uns têm a força do novo e constituem o motor da evolução das sociedades, os outros possuem a autoridade que lhes confere o saber empírico que não devemos desprezar. Todos têm o seu espaço e o seu lugar, contudo é necessário respeito e o reconhecimento das diferenças. Assim, podemos afirmar que a escola deve educar e incutir nos jovens a necessidade de ser reflexivo, de ter objetivos, de os perseguir de modo a contribuir para a formação de uma sociedade mais justa, mais equilibrada, mais consciente, quer no plano pessoal quer no plano profissional.
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5º o - rever A escola é uma instituição milenar e, desde sempre, tem existido com a finalidade de formar, isto é, por um lado, transmitir conceitos e conteúdos teóricopráticos que permitam a aquisição de competências para o desempenho de uma profissão, e, por outro, também, educar, no sentido de promover a prática de comportamentos sociais e atitudinais salutares e baseados no respeito. Em primeiro lugar, a escola constitui, ainda, uma das principais fontes de aquisição de conhecimentos e cultura da sociedade moderna. A transmissão do saber estruturado e sistematizado e a existência de espaços próprios para desenvolver as capacidades e interiorizar métodos de trabalho são inegáveis fontes de enriquecimento do ser humano e constituem uma mais-valia, quando se trata de aplicar as competências adquiridas. Por outro lado, ao saber teórico é adicionado o fator "treino", o que contribui para a valorização da componente prática, além de permitir a autoformação. Em segundo lugar, realça-se o caráter microcósmico da escola. Sendo um espaço onde diversos agentes se relacionam coexistem, cada um com as suas especificidades, é suscetível à existência de conflitos relacionais. De um lado os alunos, cuja irreverência e atitude desafiadora, própria das gerações mais novas, é um facto e gera, por vezes, comportamentos pouco dignos e pouco corretos; do outro, os adultos, professores e outros agentes cuja experiência de vida lhes outorga o direito de repreender e insistir na necessidade de refletir sobre os atos praticados. Se uns têm a força do novo e constituem o motor da evolução das sociedades, os outros possuem a autoridade que lhes confere o do saber empírico que não devemos desprezar. Todos têm o seu espaço e o seu lugar, contudo é necessário respeito e o reconhecimento das diferenças. Assim, podemos afirmar que a escola deve educar e incutir nos jovens a necessidade de ser reflexivo, de ter objetivos, de os perseguir de modo a contribuir para a formação de uma sociedade mais justa, mais equilibrada, e mais consciente, quer no plano pessoal quer no plano profissional. (300 palavras) Ana Catarino, Célia Fonseca e Maria José Peixoto, Testes e Exame Português 12, pp 165-167, Edições Asa, 2014 (com adaptações)