TECIDO CARTILAGINOSO Profª. Valéria Rocha O tecido cartilaginoso é duro, mas tem uma certa flexibilidade, que pode ser maior ou menor dependendo do cartilaginoso que a gente vai ter, pois existem três tipos de cartilaginoso. No tecido ósseo, essa consistência é realmente dura sem flexibilidade nenhuma, mas no cartilaginoso ele é rígido com uma certa flexibilidade. Se a gente pegar, por exemplo, na cartilagem da orelha a gente vai poder sentir isso, que ela tem uma certa flexibilidade. Então ele é considerado duro em relação ao conjuntivo normal, mas não tão duro quanto o ósseo que é colocado numa outra aula separada, por realmente esse não ter flexibilidade nenhuma. Quem são os três tipos de cartilaginoso que vocês vão ver hoje? Cartilagem hialina, elástica e a cartilagem fibrosa ou fibrocartilagem. Se a gente pegar esses três tipos, vamos ver que o cartilaginoso é duro, mas tem uma certa flexibilidade. Se eu perguntasse pra vocês qual deles tem maior flexibilidade, provavelmente todos iriam acertar, porque o nome já diz: elástica, cartilagem elástica. Então nessa cartilagem elástica vocês vão encontrar aquelas fibras que vocês já aprenderam na aula de conjuntivo, chamadas de fibras elásticas, dando uma maior elasticidade pra ela. Então dos três tipos: hialina, elástica e fibrosa, a elástica é a que tem maior flexibilidade, por conta das fibras elásticas. Tem fibras elásticas nas outras duas? Não tem. Daí vocês já estão vendo uma diferença entre as três, só tem fibras elásticas na cartilagem elástica, como o nome já está dizendo e das três, a mais freqüente é a hialina. Esse último tipo aqui, a cartilagem fibrosa ou fibrocartilagem, a gente poderia dizer que é um intermediário, pois ela tem características muito próximas do conjuntivo e características do cartilaginoso, então essa fibrocartilagem é considerada uma mistura entre o conjuntivo propriamente dito e o cartilaginoso. Como assim? Eu vou falar em algumas características nessa aula da fibrocartilagem que parecem com o conjuntivo, mas outras características parecem com o tecido cartilaginoso, então ele ficou no meio do caminho, ele é uma transição entre o conjuntivo e o cartilaginoso com características dos dois. Considerado uma mistura entre os dois tecidos: o conjuntivo propriamente dito e o cartilaginoso. Depois vocês vão ver as características que fazem com que ele seja essa mistura entre os dois, tá? Então são esses três tipos. Em que locais nós vamos encontrar o tecido cartilaginoso? Eu vou aproveitar esse slide aí gente pra além de falar em localização, falar em função, em cada localzinho que tiver aí a gente pára pra ver que função o tecido cartilaginoso está exercendo. Se a gente pegar aquela tabela de conjuntivo, vários tipos de conjuntivo que termina no cartilaginoso e no ósseo, eles vão dizer assim pra vocês: esses dois são colocados separados porque são conjuntivos de e, sustentação. Por eles terem essa consistência mais dura, eles têm essa função de e ou sustentação. Então a função primária do tecido cartilaginoso é essa: e ou sustentação, por ele ser mais duro, assim como o ósseo. O ósseo dá uma sustentação muito grande, muito forte, pela sua consistência dura, então essa seria a função básica: e ou sustentação, mas dependendo do local, vamos um por um pra ver que nem sempre é essa função aí (essa é a principal) nem sempre é ela.
Cartilagem hialina: Esqueleto fetal (primeiro lugar que vem aí) Se eu pegar o primeiro esqueletozinho que se forma no corpo da gente, em vez dele ser formando por osso, ele vai ser formado por cartilagem hialina. Então o osso não surge assim de repente, o osso só surge se antes tiver tecido cartilaginoso. Então o primeiro esqueletozinho que vai ser formar vai ser formado por cartilagem hialina e depois, gradativamente, vai sendo substituído por tecido ósseo. Então quando ele está presente no esqueleto fetal, ele serve de molde ou modelo para a formação posterior do tecido ósseo. Então a função que a cartilagem hialina exerce no esqueleto fetal é servir apenas de modelo, um moldezinho de cartilagem hialina que gradativamente vai sendo substituído por osso, vai deixar de existir. Então a função que ela exerce é servir de molde para a formação posterior do tecido ósseo, primeira função. Disco epifisário O ossozinho, que tem epífise e diáfise, ele vai ter entre a epífise e a diáfise, uma região chamada de disco epifisário. Logo que ele nasce é formado por cartilagem hialina que gradativamente vai sendo substituída por osso. A última região a se transformar em osso é chamada de disco epifisário, porque enquanto esse disco epifisário for formado por cartilagem hialina as células aqui continuam se multiplicando, no que elas vão se multiplicando elas empurram o osso permitindo o crescimento em extensão ou comprimento, daí ele vai crescendo desta maneira. Agora, se a pessoa atingir mais ou menos 18 anos, aí isso aqui se transforma em osso, aí ela pára de crescer, enquanto tiver disco epifisário ela pode crescer, depois que não tiver mais disco epifisário, ela não cresce mais. Então para saber se a pessoa pode crescer ou não você vai ver se ainda tem disco epifisário nos ossos, se não tiver, não pode crescer. Então a função da cartilagem hialina no disco epifisário é permitir o crescimento ósseo em extensão, quando ela está presente no disco epifisário a função dela é isso: permitir o crescimento do osso em comprimento ou extensão, segunda função. Então não é só e, já estamos vendo mais duas funções. Costelas Quando falar nas costelas, aí a função é de e ou sustentação. A cartilagem hialina, quando está presente nas costelas a função é e ou sustentação, terceira função. Superfícies articulares nas articulações Quando ela está nas superfícies articulares nas articulações, lá na beiradinha, quando ela está nessa beiradinha nas superfícies articulares, tem um outro osso aqui, também com cartilagem hialina na superfície, a função dela é absorção de choques para proteger os ossos. Então tem uma quarta função: absorção de choques. Vias respiratórias Vias respiratórias, minha gente, é muito interessante pelo seguinte, acho que vocês já devem ter visto lâmina de traquéia, o epitélio pseudo-estratificado está lá revestindo a traquéia e aqui está a luz por onde a o ar, aqui em baixo é conjuntivo, têm glândulas, tem um pouco de muscular. O epitélio é mole, conjuntivo é mole, muscular é mole, se fosse só tecido mole aí, o que ia acontecer? A traquéia ou o brônquio (porque tem no brônquio também) podia fechar a agem de ar, isso aqui podia se fechar e não ava ar de jeito nenhum, então para que não haja esse fechamento, o que é que o organismo pega e coloca? Um pedaço de cartilaginoso pra sustentar a
parede da traquéia ou do brônquio sempre aberta e não ter esse fechamento. É um e ou sustentação, então quando você encontra nas vias respiratórias a função é a mesma da terceira que eu falo: e ou sustentação. Resumindo eu tenho quatro funções, vocês vão ver que no resto eu vou repetir, mas só tinha quatro na cartilagem hialina, porque se a gente pegar a elástica eu só vou dizer uma função. Cartilagem elástica: Na cartilagem elástica, o tecido cartilaginoso tem uma única função: e. Pavilhão auditivo (orelha) Conduto auditivo externo Tuba auditiva Epiglote da laringe Cartilagem cuneiforme da laringe Tudo aí só tem uma única função e não tem nada a ver com as outras, risca a quatro, a um e a dois porque só tem uma função: e. Cartilagem fibrosa: Discos intervertebrais Fica entre as vértebras. A função da cartilagem fibrosa entre as vértebras, nos discos intervertebrais é absorção de choques. Inserção dos tendões ou ligamentos nos ossos Tem lá um osso e o ligamento vai se inserir nele (ligamento é o quê? Tecido conjuntivo denso modelado) quando ele chega aqui bem pertinho do osso ele se transforma pra cartilagem fibrosa, aqui bem pertinho é a cartilagem fibrosa. Olha a transição, gente, de conjuntivo para cartilagem fibrosa. Então quando ele está presente aí a função dele é de sustentação. Inserção de tendão ou ligamento nos ossos: sustentação. Sínfise pubiana Na verdade está mais na extremidade e é também absorção de choques. Então no caso da cartilagem fibrosa, duas funções: absorção de choques e sustentação, cartilagem elástica uma única função, hialina as quatro lá que eu coloquei. Aqui tem alguns exemplos, isso aqui é um brônquio, o epitélio conjuntivo (parece bem semelhante com o que vocês viram na traquéia) e cartilagem aqui, tecido cartilaginoso, então sustentando a parede do brônquio abertinha. Tem ele maior aqui, só pra mostrar o tecido cartilaginoso maior, isso aqui é o epitélio pseudo-estratificado e aqui é a cartilagem, as células eu vou falar daqui a pouco. Um outro exemplo que eu coloquei foi um osso, mostrando aqui a região do disco epifisário, entre a epífise e a diáfise permitindo o crescimento desse osso e um outro exemplo que eu coloquei foi de cartilagem elástica, gente, isso aqui é a epiglote e duas // de cartilagem elástica no meio da epiglote, se não tivesse essa cartilagem ela ficava molezinha, caída, mas não, isso aqui está sustentando a epiglote desse jeito. Vamos ver os constituintes. Como a cartilagem que vocês vão ver na aula prática é a da traquéia, eu vou desenhar a da traquéia. A cartilagem da traquéia, ela tem mais ou menos esse formato aqui, eu vou desenhar ela porque é a que vocês vão ver. Então isso aqui é um pedaço de tecido cartilaginoso sustentando a parede da traquéia. Se eu olhar esse tecido
cartilaginoso eu vou ver dois tipos de células, uma na periferia e achatadinha (está nela toda não está só neste pedaço) e uma mais interna, que na microscopia eletrônica vai aparecer assim, só que no nosso microscópio não, essas saliências e reentrâncias só vão aparecer na microscopia eletrônica. Então uma mais achatadinha na periferia e uma mais interna. Essa achatadinha na periferia vai receber o nome de condroblasto e todas as vezes que vocês observarem uma célula terminando em blasto, significa que ela vai dar origem a outra, é a mãe de uma outra célula, por exemplo, no conjuntivo vocês viram o fibroblasto dando origem ao fibrócito, agora condroblasto vai dá origem ao condrócito. Então eu vou colocar o núcleo pra vocês entenderem que é uma célula. Condroblasto na periferia, terminação blasto significa que é célula-mãe ou que vai dar origem a outra célula, condrócito e o condrócito por sua vez também tem uma função. Ele vai dar origem ao que está aqui por fora, chamado de matriz extra-celular ou matriz cartilaginosa. Então condroblasto dá origem ao condrócito, que dá origem a matriz extra-celular ou matriz cartilaginosa. Começou assim: condroblasto dá origem ao condrócito, que dá origem a matriz. Só que existem três tipos de cartilagem, como eu já falei: cartilagem hialina, elástica e fibrosa. Aí eu coloquei assim, escrevi assim pra vocês: a matriz cartilaginosa é formada por colágeno, substância fundamental amorfa, que é formada por proteoglicanas, umas moléculas enormes chamadas de macromoléculas de proteoglicanas e elastina(?). Porque se eu perguntar os componentes da matriz na cartilagem hialina vocês vão responder: colágeno + substância fundamental amorfa, ou proteoglicanas direto. Se eu perguntar na cartilagem fibrosa vocês vão responder: colágeno + substância fundamental amorfa. Agora, se eu perguntar na cartilagem elástica, os constituintes produzidos pelos condrócitos, em vez de dois são três: colágeno + substância fundamental amorfa + elastina. Então os constituintes da matriz são: colágeno, substância fundamental amorfa e se for cartilagem elástica, três constituintes, todos os três produzidos pelo condrócito, só se for cartilagem elástica três constituintes. Alguém: No caso, é a quantidade de colágeno ou substância fundamental amorfa que vai interferir se a cartilagem vai ser hialina ou...? Valéria: Também. Então o condrócito vai estar sempre dentro de um buraquinho que recebe o nome de lacuna, o condrócito fica dentro de uma cavidadezinha pequena que recebe o nome de lacuna, só que nem sempre vem um condrócito só, eu posso pegar esse condrócito, ele se dividir por mitose e encontrar dois condrócitos dentro de uma mesma lacuna. Aí vamos dizer que o de cima se dividiu, aí eu encontrei três condrócitos dentro da mesma lacuna que se dividiram... Eu posso encontrar até oito condrócitos dentro da mesma lacuna e quando eu encontrar mais de um condrócito dentro da mesma lacuna, eu vou dar o nome disso aqui de grupo isógeno. Mayara: A lacuna não tem o nome de condroplasto? Valéria: Vocês já viram isso onde? Mayara: Colégio, vestibular... Valéria: Livro de faculdade não chama mais de condroplasto, às vezes chamam mais de osteoplasto em ossos, não? Na faculdade não tem nenhum livro que chame essa denominação plasto, de vez em quando eu escuto isso, mas é uma coisa dada em segundo grau, na faculdade se você pegar o Junqueira & Carneiro ou qualquer outro não dá essa denominação.
Têm em atlas bem antigos, mas atualmente não se fala mais nisso. Porque o nome das células é assim, aí você dá um nome de um buraco fica parecendo o nome de uma célula, então eu acho que por isso que eles terminaram com esse nome, porque fica parecendo o nome de uma célula e não é, é o nome de um buraco, então eu não uso. Então quando encontrar mais de um condrócito dentro da mesma lacuna recebe o nome de grupo isógeno. Marina: O que está dentro da lacuna, mas sem está dentro da célula é a mesma coisa da matriz cartilaginosa? Professora: Não. A matriz está aqui fora. Não tem matriz, elas estão bem coladinhas, não tem espaço pra matriz não. Então mais de um condrócito dentro da mesma lacuna vai dar o nome de grupo isógeno, agora lembrar o seguinte: que cada novo condrócito que se formou novinho, a tendência dele é o quê? Produzir mais matriz. Cada condrócito que se formar vai produzindo mais matriz e vai crescendo a cartilagem, que eu vou dar daqui a pouco. Então células: condroblasto e condrócito, dentro da lacuna mais de um: grupo isógeno, matriz: colágeno, substância fundamental amorfa formada por proteoglicanas e elastina. E ainda tem um tal de pericôndrio, envolvendo o tecido cartilaginoso. Envolvendo o tecido cartilaginoso, na maioria das vezes a gente vai encontrar uma membrana formada de tecido conjuntivo denso modelado, que recebe o nome de pericôndrio. Quando não vai ter? Não vai ter em hipótese nenhuma na cartilagem fibrosa, nenhum tipo de cartilagem fibrosa tem pericôndrio e no caso da cartilagem hialina que fica nas superfícies articulares não tem também. Então envolvendo o tecido cartilaginoso a gente encontra uma membrana formada de tecido conjuntivo denso modelado, que recebe o nome de pericôndrio e que é ausente na cartilagem fibrosa e no caso da cartilagem hialina nas superfícies articulares. Aí eu já vou introduzir pra vocês algumas funções do pericôndrio, o pericôndrio dessa maneira que ele está aí, nesta posição, ele vai fazer o quê? Ele vai fazer revestimento e proteção, então ele está revestindo e protegendo o tecido cartilaginoso. Que mais? Vocês viram que o pericôndrio eu coloquei do lado das células achatadinhas de propósito, porque uma das funções do pericôndrio dá origem ao condroblasto. Então mais uma função: dá origem ao condroblasto. Então funções do pericôndrio, mais tarde eu vou falar mais, mas por enquanto revestimento, proteção e dá origem ao condroblasto. Ai tem alguns condroblastos soltos, mas não formando o pericôndrio, não organizados formando o pericôndrio. Lembrar que a fibrosa é uma transição entre o conjuntivo e o cartilaginoso, uma mistura dos dois. Então por exemplo, se eu peguei aqui, ligamento: tecido conjuntivo denso modelado – tecido cartilaginoso (figura). Então nessa área aqui de transição eu vou ter os condroblastos, não organizados formando o pericôndrio, porque aqui é uma membrana altamente organizada revestindo. Esse outro não acontece, não está revestindo. Ela tem uma área que ela está se transformando do conjuntivo pro cartilaginoso, a mesma coisa daqui: conjuntivo se transformando em cartilaginoso. Só que não forma um pericôndrio, uma membrana envolvente, é um pedaço de transição. Então o pericôndrio só é caracterizado como pericôndrio quando ele se organiza para formar uma cápsula. Se eu pegar, por exemplo, o fígado, ele vai estar envolvido por uma cápsula formada por tecido conjuntivo denso modelado, é uma organização envolvente, aqui não existe organização que
envolve, aqui é um pedaço que se transforma desse pra esse, ai não precisa de pericôndrio. Eu só caracterizo como pericôndrio quando está envolvendo. Aqui é o tecido cartilaginoso (fibrocartilagem), aqui o tecido conjuntivo e aqui uma mistura dos dois, um se transformando no outro. Primeiro fibroblasto se diferenciando em condroblasto que se diferencia em condrócito, mas no fim aquela organização. Olha aqui uma figura que mostra tudo aquilo que falei: pericôndrio, do outro lado também, tem que ter dos dois lados, na verdade envolvendo tudo, só que só pegou um pedaço; essas células aqui achatadinhas são os condroblastos; aqui outro pericôndrio, fibroblasto, aqui é condroblasto; aqui condrócito na lacuna. Veja gente que na verdade é praticamente só o núcleo, um pouquinho de citoplasma clarinho, depois vocês vão ver por que isso acontece, mas praticamente só vê o núcleo, a lacunazinha e a matriz. Ai se eu puxar um pouco agora de vocês. Vocês aprenderam que o colágeno fica rosinha, ele tem afinidade pela eosina, ai eu disse pra vocês que na matriz da cartilagem hialina tem colágeno e substância fundamental amorfa formada por proteoglicana. O colágeno é rosinha. Essa matriz está rosa? Não né!? Ela está roxa. Então vocês acham que predomina substancia fundamental amorfa ou colágeno? Substância fundamental amorfa. Eu tenho predomínio de substância fundamental amorfa, por isso essa basofilia aqui da matriz. Então a basofilia da matriz mostra que predomina substância fundamental amorfa. Pergunta: E o colágeno está aonde? Resposta: Ele está bem pequenininho na forma de fibrilas. Ele está, mas a gente não consegue ver, além de ele não predominar, está numa forma muito pequenininha, mas a gente vai ver direitinho.
Condrogênese Formação embriológica do tecido cartilaginoso. Igualzinho ao conjuntivo, o tecido cartilaginoso vem de origem mesodérmica. É um conjuntivo, então tem origem embriológica dos três folhetos mesodema. O mesoderma vai dar origem ao mesênquima que é cheio de células mesenquimais ou mesenquimatosas, que são células cheias de prolongamentos. Essas células cheias de prolongamentos dão origem aos condroblastos, elas perdem seus prolongamentos e dão origem aos condroblastos que vão dar origem aos condrócitos que vai dar origem ao grupo isógeno que vai produzir também matriz. Então é a mesma ordem que eu já falei pra vocês: é so acrescentar na frente o mesoderma dando origem ao mesênquima que tem as células mesenquimais ou mesenquimatosas. A parte mais superficial vai dar origem ao pericôndrio se for o caso. Pergunta relacionada à origem do pericôndrio Ai é origem embriológica, primeira origem do tecido cartilaginoso. Agora a partir do momento que ele já existe, ai se eu precisar de condrócitos ele vem a partir do pericôndrio. Pericôndrio dando origem ao condroblasto, dando origem a condrócito. Isso era origem embriológica e ainda vou falar em crescimento, porque isso é crescimento. Mostrando a figura: as células mesenquimatosas cheias de prolongamentos, aqui ela já dando origem aos condroblastos. Aqui ele já está chamando de condrócito porque aqui já tem matriz e ali não tem. Então ele
chama esse daqui de condroblasto e esse daqui de condrócito, porque aqui ele explica que já tem matriz. E aqui já está formando os grupos isógenos. Ai eu queria que vocês observassem que pertinho da lacuna ficou uma cor bem escurinha de propósito. Então aqui eu tenho grupo isógeno com dois, um com três, com quatro, com cinco e pertinho da lacuna aparece mais escurinho. Essa região mais escura envolvendo a lacuna recebe o nome de cápsula que depois a gente vai falar mais nela, mas ela já está aparecendo ali. Então a cápsula é a região que envolve a lacuna. Tudo isso aqui é origem embrionária, o pericôndrio surgiu agora e depois ela vai crescer. Então, agora ele está formado já com todos os constituintes. Então existem duas maneiras do tecido cartilaginoso crescer: um é chamado crescimento intersticial e o outro aposicional. É como se eu pegasse o que falei e dividisse ao meio, olha só: quando eu pegar o pericôndrio dando origem ao condroblasto que dá origem ao condrócito, o crescimento que vem a partir do pericôndrio (pericôndrio -> condroblasto -> condrócito) eu vou chamar de crescimento aposicional. O pericôndrio quando ele dá origem ao condroblasto que dá origem ao condrócito e que este dá origem a matriz, até aqui eu vou chamar de crescimento aposicional. E quando eu pegar o condrócito que já existe e ele começar a se dividir por mitose pra dar origem ao grupo isógeno e produzir mais matriz ainda ai esse crescimento é chamado de intersticial. Então os pesquisadores dividiram ao meio isso que eu expliquei pra vocês chamara de aposicional quando o pericôndrio que dá origem ao condroblasto que dá origem ao condrócito que dá origem a matriz e quando esse condrócito pré-existente se dividir por mitoses pra dar origem a grupos isógenos e produzir mais matriz, esse crescimento é chamado de intersticial. Com que objetivo ele fez isso? Pra explicar pra vocês que o condrócito está aqui dando origem a matriz, que é colágeno, substância fundamental amorfa e elastina ou não, vou deixar a elastina de lado, não precisa ela agora. A ligação do colágeno com a substância fundamental amorfa, essa ligação aqui torna a matriz rígida, dura. E se a matriz ficar dura ela não vai permitir o crescimento intersticial. Se a matriz fica dura ela vai impedir que o crescimento intersticial continue, então ele fez isso pra mostrar pra vocês que o crescimento aposicional é muito mais importante, porque o intersticial só ocorre na vida embrionária e na fase ainda de criança. Mas se o crescimento cartilaginoso for necessário na vida adulta a matriz já está dura não permite mais. Então o aposicional consegue porque aqui fora eu tenho conjuntivo que é mole. Então se eu quiser crescer eu vou empurrar o conjuntivo. Então ele dividiu ao meio para mostrar pra vocês que o aposicional é mais importante porque ele tem como ocorrer em qualquer fase, o intersticial não, o intersticial no momento em que a matriz vai ficando dura, que o colágeno se liga com a proteoglicana, ele deixa de ocorrer. Então o crescimento intersticial é menos importante por isso. Não tem vasos sanguíneos no cartilaginoso, mesma coisa do epitelial, ele precisa do conjuntivo pra nutri-lo. E o pericôndrio que é conjuntivo tem vasos. Então a nutrição no tecido cartilaginoso, quando existe pericôndrio, ela vem a partir de pericôndrio. Então mais uma função do pericôndrio: nutrição. O pericôndrio é responsável pela nutrição do tecido cartilaginoso. E nas superfícies articulares eu tenho o liquido sinovial, não tem pericôndrio, mas tem o liquido sinovial.
Pergunta: E na cartilagem fibrosa? Resposta: A cartilagem fibrosa é uma transição entre conjuntivo e cartilaginoso. Então você tem uma área de conjuntivo, uma área de cartilagem fibrosa e uma área de transição, que funciona como pericôndrio. Funciona, não pode ser chamado de pericôndrio, porque pericôndrio é só quando envolve, que organiza e envolve. Mas nessa área de transição vai ter vasos sanguíneos. Então a nutrição do tecido cartilaginoso quando o pericôndrio existe é a partir do pericôndrio, nas superfícies articulares é a partir do liquido sinovial. Vamos ver um pouquinho mais sobre o condrócito, algumas coisas já faladas e outras que eu vou falar agora. Funções: produzir matriz; dar origem aos grupos isógenos, essas eu já falei. Mas eu não falei de uma função que o condrócito tem de produzir uma glicoproteína chamada condronectina, responsável pela adesão do condrócito a sua lacuna. A célula que morre mais fácil naqueles métodos de preparação de lâminas é o condrócito. A coisa mais comum que tem é de vocês chegarem lá na aula prática e encontrarem lacunas sem nada, porque ele morreu, ou com o núcleo em vez de estar no meio está lá na periferia ou às vezes se encontra o núcleo e não encontra o citoplasma da célula. Então é uma célula que morre muito fácil na hora de se fazer a lâmina, no processo histológico. E vendo ele na microscopia eletrônica eu vou observar que ele é cheio de saliências e reentrâncias que servem para facilitar sua nutrição. O mesmo objetivo visto na aula de epitelial das microvilosidades, aumentam a área de absorção, a mesma coisa. Então isso serve para aumentar a área de absorção. A superfície do condrócito é cheia de saliências e reentrâncias que servem pra aumentar a área de absorção. Ai juntinho da lacuna aparece uma área que eu já mostrei pra vocês, uma área bem basofílica. Já vimos que a basofilia da matriz significa que predomina substância fundamental amorfa. Então eu tenho aqui uma coloração roxa e quando chega junto da lacuna fica mais roxo ainda. Então a cápsula é formada por um aglomerado de proteoglicanas. Antigamente, logo a primeira vez que viram a cápsula pensaram ser uma parede mesmo, envolvendo, tipo uma cápsula, porque cápsula se dá quando é um tecido diferente. Mas não tem nada de diferente, são os mesmos constituintes, só tem uma predominância maior de proteoglicanas ai fica com essa coloração mais roxa. Esses três primeiros hormônios, “do crescimento”, tiroxina e testosterona são responsáveis pelo crescimento do tecido cartilaginoso. Entre aspas o primeiro porque ele é o principal. E os hormônios: cortisona, hidrocortisona e estradiol inibem o crescimento do tecido cartilaginoso. Mostrando figura: Lacuna e aquela historia que eu falei que ele morre muito fácil. Alguns núcleos na periferia (tinha que está no meio), não dá pra ver citoplasma. Fica só a lacuna branquinha com o núcleo perdido e às vezes nem núcleo tem. Funções do pericôndrio: proteção, revestimento, fonte de nutrientes e oxigênio, fonte de condroblastos e eliminação daquilo que não presta mais. Mostrando figura: Isso é um desenho esquemático de um pericôndrio com fibroblastos, ai aqui já começa a ser os condroblastos e aqui o condrócito. E observem que na matriz as fibras colágenos são bem fininhas.
Fibroblasto é quando está achatadinha e quando começa a ter dobrinhas já é condroblasto. Aqui é por microscopia eletrônica pra mostrar que são fibroblastos, aqui pra mostrar um condrócito cheio de saliências e reentrâncias, membrana toda pregueadazinha para aumentar a área de absorção, então a microscopia eletrônica pra mostrar a membrana cheia de saliências e reentrâncias. Agora o colágeno vocês devem visualizar umas duas vezes. Vocês devem ter visto isso igualzinho na aula de conjuntivo. Pra mostrar que o colágeno, uma fibra colágena é formada por fibrilas de colágeno, várias fibrilas formam a fibra e várias fibras podem formar um feixe de fibras. Então no conjuntivo vocês viram assim: várias fibrilas bem pequenininhas podem formar uma fibra e várias fibras podem formar um feixe de fibras. Se eu pegar o colágeno na forma de fibrilas vocês só vão ver no microscópio eletrônico, não da pra ver no óptico, que é o caso do cartilaginoso, na forma de fibras vocês já viram lá na nossa aula prática, microscópio óptico, e na forma de feixe de fibras melhor ainda, mas onde é que eu quero chegar, se ele tiver nessa forma de fibrilas vocês não vão conseguir ver no microscópio da gente, só no eletrônico, e como o colágeno no cartilaginoso na maioria das vezes está na forma de fibrilas, vocês não conseguem ver. Então, o colágeno na cartilagem hialina ta na forma de delicadas fibrilas, e que tipo de colágeno é? Tipo II. Na elástica a mesma coisa, delicadas fibrilas do tipo II, só que o que predomina na elástica são as fibras elásticas, aí as fibras eu consigo ver, não são fibrilas são fibras. Então o colágeno tipo II agente encontra na hialina e na elástica. E a cartilagem fibrosa, eu já falei pra vocês que é bem diferente dos outros tipos de cartilagem, uma das diferenças é que não tem pericôndrio e eu disse que uma transição entre o conjuntivo propriamente dito e o cartilaginoso, então o colágeno é diferente também, o colágeno da fibrosa é o tipo I, na forma de fibras eu consigo ver, ou na forma de feixes de fibras. Então o colágeno que tem na hialina e na elástica é o tipo II, todos dois na forma de fibrilas, bem fininhas só da pra ver no microscópio eletrônico, só que na elástica eu tenho as fibras elásticas que dá pra ver na microscopia óptica; o colágeno da fibrosa é do tipo I, na forma de fibras ou feixes de fibras. Lembrar que o colágeno tipo I está nos locais mais resistentes do nosso corpo, (osso, dente, tendão, cartilagem fibrosa, todos tipo I). Então os locais que agente tem maior resistência a pressão, o colágeno vai ser do tipo I. Aqui eu tenho uma microscopia eletrônica das fibrilas de colágeno, bem fininhas, mostrando realmente que são bem fininhas. E agora agente vai entrar em uma parte da aula que eu vou falar de cada cartilagem, na verdade eu vou falar da hialina e depois agente vai ver as diferenças pra elástica e pra fibrosa, pra elástica quase não tem diferença. Algumas coisas já foram faladas, que é a mais freqüente de todas (hialina), a coloração na anatomia, sem ser lá na aula prática de histologia com HE, lá na anatomia quando você ver a cartilagem hialina é branco, azulada e translúcida. Forma o primeiro esqueleto do embrião, e no disco epifisário pode ser chamada de cartilagem seriada, porque em vez dos grupos isógenos estarem assim, vários condrócitos dentro da mesma lacuna formando uma estrutura mais ou menos esférica, os grupos isógenos vão estar em série, um atrás do outro. Então a cartilagem do disco epifisário é chamada de seriada porque os grupos isógenos estão em série. PERGUNTA: (foi algo referente ao corante que se usa na anatomia) RESPOSTA: a resposta foi que o corante ideal é o HE.
A substancia fundamental amorfa é formada por macromoléculas, moléculas enormes de proteoglicanas, altamente hidrofílicas, ou seja, afinidade pela água. E se eu pegar uma proteoglicana ela é representada como se fosse um pente, com os dentes pra um lado e pro outro. Então a proteoglicana é formada por uma proteína central, mais cada dente desse que são várias moléculas de glicosaminoglicanas. Então a proteoglicana é formada por uma proteína central mais várias moléculas de glicosaminoglicanas, estas moléculas de glicosaminoglicanas são cadeias polissacarídicas não ramificadas com as seguintes propriedades: carga negativa alta, puxando íons positivos, se é hidrofílica vai puxar também a água e se ligam também a colágeno. È por isso que vai acontecer o seguinte, essas macromoléculas de proteoglicana vão se ligar ao colágeno, essa ligação do colágeno com a proteoglicana vai tornar a matriz rígida, dura. Mas eu falei pra vocês que vai ter uma certa flexibilidade, maior na cartilagem elástica por causa das fibras elásticas. E por que essa flexibilidade na cartilagem hialina e na fibrocartilagem? Pelo seguinte, a outra tem as fibras elásticas, aumentando a flexibilidade, mas essas não tem (hialina e fibrocartilagem). Então, essas moléculas de glicosaminoglicanas puxam a água, a água fica presa formando aquela camada de solvatação que tem no conjuntivo que puxa os íons e essa ligação glicosaminoglicana mais colágeno torna ela dura, mas com uma certa flexibilidade que se por acaso tiver um impacto no tecido cartilaginoso, o impacto vai fazer com que essas moléculas de glicosaminoglicanas expulsem a água e os íons positivos. Aí cessou o impacto volta tudo novamente, chamam até isso de mola, comparam como se fosse uma mola, onde teve o impacto no cartilaginoso sai tudo, cessou o impacto volta tudo novamente. Então essa estrutura aqui é responsável pela rigidez do tecido cartilaginoso, mas com uma certa flexibilidade por causa desse aglomerado de água,íons positivos com as moléculas de glicosaminoglicanas. Aqui mostrando (slide) uma proteína central, que ele ta chamando de cerne protéico mais várias moléculas de glicosaminoglicanas, isso aqui é um exemplo de uma das mais freqüentes condroitina sulfatada, mas tem outras. Então a proteína central mais várias moléculas de glicosaminoglicanas. Então aqui (slide) esse azul e preto ta representando o colágeno, então essas moléculas vão se ligar ao colágeno que aqui é do tipo II porque é cartilagem hialina. Degeneração do tecido cartilaginoso. Sempre que se fala em degeneração é patologia, porque degeneração é morte e se o tecido morre eu vou considerar patologia, na maioria das vezes, porque se ele morreu eu não quero que o meu tecido morra. Mas se eu tiver me referindo a cartilagem hialina do esqueleto fetal e do disco epifisário, aí já não é patologia porque todo mundo tem uma fase onde o esqueleto fetal se transforma em tecido ósseo, morre e é substituído por osso, porque se não vai ar a vida toda com esqueleto formado por cartilagem e ninguém quer isso, porque o osso é que da maior sustentação ao corpo. E se você não pegar o seu disco epifisário, as células do cartilaginoso não morrerem pra formar tecido ósseo, o que vai acontecer, a pessoa vai crescer a vida inteira, num vai parar de crescer nunca. Então tem uma hora que as células do cartilaginoso precisam morrer pra serem substituídas por osso. Então essa degeneração nesses dois locais é desejável, porque você quer que o cartilaginoso morra e seja substituído por osso, então esse processo é fisiologicamente normal. Como que essa degeneração vai ocorrer? Eu tenho aqui um monte de condrócitos e a matriz. Nessa matriz aqui
vai acontecer uma deposição de fosfato de cálcio na forma de cristais de hidroxiapatita. Esses cristais de cálcio vão se depositar aqui e vão interromper a nutrição do condrócito porque o condrócito recebe nutrientes através aqui da matriz. Aí se os cristais tão aqui formando uma parede, eles vão interromper a nutrição desse condrócito e o condrócito morre, porque deixa de receber nutrientes, oxigênio e morre. A degeneração ocorre por deposição de cristais de hidroxiapatita que vão interromper a nutrição dos condrócitos que morrem e deixam esse espaço pra ocorrer a formação do tecido ósseo. Então a degeneração da cartilagem hialina ocorre com freqüência, é desejável no esqueleto fetal e no disco epifisário, onde eles têm que morrer obrigatoriamente pra que haja a formação do osso, é fisiologicamente normal, não é patologia. Só nesses dois locais. Quando agente fala em regeneração ela depende para ocorrer. Se for uma lesão numa criança, onde cartilaginoso ainda ta se formando, aí lesou o tecido cartilaginoso, beleza, assim como o músculo cardíaco. Então numa criança se lesou células do músculo cardíaco regenera. Agora no adulto se morrer células do músculo cardíaco já era. E aqui no cartilaginoso depende. Tem lá um pericôndrio, o pericôndrio muitas vezes salva. Então se for uma lesão numa criança tem regeneração na boa, se for uma lesão no adulto aí depende. Se for pequena e perto do pericôndrio perfeito. Agora se for grande, não vai conseguir que haja a produção de novo cartilaginoso, vai se formar uma cicatriz. Quando eu tenho conjuntivo no meio de outro tecido que antes era outro. Cartilaginoso morreu e o conjuntivo invadiu e tapou aquele buraco, aquilo é uma cicatriz. Músculo cardíaco morreu conjuntivo invadiu e tampou aquele buraco, é cicatriz. Então quando a regeneração é numa criança fica perfeito, agora se for no adulto depende do tamanho da lesão. Se for pequena e perto do pericôndrio, perfeitamente. Agora se for longe ou grande vai formar uma cicatriz de tecido conjuntivo denso modelado. Então a regeneração depende da idade e da extensão da lesão. Comparando com a elástica quase num tem diferença nenhuma. A única diferença da cartilagem elástica é que a mais na matriz eu tenho fibras elásticas. Se você pegar uma lâmina de cartilagem elástica e botar HE, vai ver aquela mesma figura (semelhante a hialina) que eu mostrei pra vocês, pericôndrio rosinha, matriz roxinha, cápsulas com condrócitos; agora se você colocar o corante ideal que é orceína, que cora as fibras elásticas de marrom, ou esse outro, que é o nosso, Weigert que cora em negro. O corante ideal para corar as fibras elásticas é a orceína ou Weigert. Aí você consegue ver as fibras. Agora o inconveniente é que quando você coloca esse corante só vai da pra mostrar as fibras, porque os outros constituintes ficam meio apagados, mas o objetivo é mostrar a única diferença, que agente vai ver na aula prática e a única diferença é que tem a mais as fibras elásticas. E lá na anatomia, tudo que predomina fibra elástica vai ter coloração amarelada. Então quando eu vejo uma coisa amarelada lá na anatomia eu desconfio que tem muitas fibras elásticas.A coloração amarelada na anatomia é significativo de predominância de fibras elásticas. Então muito semelhante a hialina, tem a mais fibras elásticas, a coloração na anatomias é amarelada, tem pericôndrio também, fiz questão de botar isso porque a outra( fibrosa) não tem e menos sujeita a processos degenerativos. Degeneração aí é patologia, porque aí é indesejável. Aqui (slide), botaram o corante só pra corar as fibras, então lá na aula prática é só pra ver as fibras elásticas. Já é difícil de ver o condrócito na hialina,
quanto mais na elástica, por causa do corante. Mas o objetivo não é o condrócito, então não se preocupem em procurar o condrócito, tem que se preocupar em ver essas fibras pretinhas aqui, então na matriz, essa grande quantidade de fibras elásticas. E o que tem de diferente na cartilagem fibrosa. Primeira coisa, não tem pericôndrio, segunda coisa o colágeno é o tipo I, ta na forma de fibrilas? NÃO. Eu consigo ver o colágeno porque ele ta na forma de fibras ou feixe de fibras. Na cartilagem hialina e elástica quando eu coloco HE, vejo a matriz roxinha, aí quando eu coloco na fibrocartilagem eu vejo rosinha, então o que é que predomina na matriz se eu vejo rosa? Colágeno. Tendo pequena quantidade de substância fundamental amorfa, onde eu encontro um pouquinho a mais de substância fundamental amorfa é junto das lacunas formando as cápsulas. Aquela história que é um intermediário entre o tecido conjuntivo propriamente dito e o cartilaginoso, são mais resistentes as pressões e os condrócitos estão em fileiras. Não são daquele jeito formando grupos exógenos assim, eles estão em fileiras, só que vocês na vão chamar de cartilagem seriada, só vão chamar de cartilagem seriada no disco epifisário. Aqui não é adequado. (No slide) Olha a cartilagem fibrosa nada haver com roxo, é rosinha mostrando que o que predomina é o colágeno e olha os condrócitos em fileirinha, os grupos isógenos são as fileiras, não são como os outros tipos de cartilagem. E aqui, só uma introdução para o tecido ósseo, mostrando porque o cartilaginoso no disco epifisário e no esqueleto fetal morre pra formar osso. Então o que ta mostrando aqui, os condrócitos estão na lacuna, aqui tem núcleos de condrócitos e aqui num tem mais, essa matriz sofreu calcificação e os condrócitos morreram. (No slide) os condrócitos aqui vivinhos e aqui mortos, porque essa matriz sofreu calcificação, os condrócitos morreram e vão deixar espaço para a formação do tecido ósseo.