Histórico Itaipu 466j27

DIAGNÓSTICO

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Espaços Culturais de Niterói ITAIPU

Localização Mobilidade Urbana Histórico Expansão Urbana Sambaqui Cemitério Igreja Matriz de São Sebastião de Itaipu VEPLAN MAI Bibliografia

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Índice l Index

Centr o EAU Itaip u Atelier Integrado Internacional / 2014 - 1

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Localização l Emplacement

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Localização l Emplacement

Fonte: www.nitvista.com/index_frame.php?url= %2Fbrobm.php

Trajeto da Linha 770 Castelo x

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Fonte: mapa produzido a partir do Google Maps

Trajeto da Linha 38 Centro x Itaipu Fonte: mapa produzido a partir do Google Maps

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Mobilidade Urbana l La mobilité

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Mobilidade Urbana l La mobilité

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Trajeto Ponte Rio- Niterói x Itaipu

Fonte: mapa produzido a partir do Google Maps

KANT, Roberto e PEREIRA, Luciana

Pescadores de Itaipu. Fonte: Acervo particular de Ricardo Mapa com alguns marcos. Fonte: A História de Nitcheroy

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“A área do referente estudo é Itaipu, denominação, em sentido amplo, do 2º distrito de Niterói, município do Estado do Rio de Janeiro e, em sentido estrito, da praia que se estende por aproximadamente 3,5km, na direção geral leste-oeste, no litoral sudeste do Estado do Rio de Janeiro, tendo como coordenadas, segundo a Carta Náutica 1501 do Departamento de Hidrografia e Navegação do Ministério da Marinha, 22º53’14’’ de Latitude Sul e 43º22’48’’ de Longitude Oeste.”

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Histórico de Itaipu l Histoire de Itaipu

Mapa do projeto de canal entre Itaipú-assú e Cabo Frio . Fonte: Biblioteca Nacional Digital

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Por Alvará de 12 de janeiro de 1755 foi criada a Freguesia de São Sebastião de Itaipúig. Esta, em 1819, desmembrada do Termo da Cidade do Rio de Janeiro, ou a compor, juntamente com São João Batista de Icaraí, São Lourenço dos Índios e São Gonçalo, a Vila Real da Praia Grande. Sua população vem da ocupação das sesmarias do século XVI e se dedicava à lavoura, criação e pesca. Inventários e testamentos de seus moradores dão-nos a visão de uma zona com vida própria, possuidora de engenhos de açúcar, chácaras e sítios com muitas árvores frutíferas, e na parte marítima, com muitos pescadores, com certeza anteados dos que ainda hoje lançam suas redes

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Histórico de Itaipu l Histoire de Itaipu

Por volta de 1833 o Recolhimento ou a funcionar como asilo para menores. A partir de 22 de setembro de 1890 Itaipu se integrou ao município de São Gonçalo.

XVIII

Foto antiga Igreja

XIX

Foto antiga Recolhimento

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Paróquia de São Sebastião foi construída em 1716 por padres jesuítas. Foi elevada à Paróquia por Alvará de 12 de janeiro de 1755. Em 1755 foi criada a Freguesia de São Sebastião de Itaipu. Em 1764, ou a funcionar um Recolhimento para mulheres dedicado a Santa Tereza.

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Linha do Tempo l Ligne du Temps

1944-1948 O Distrito de Itaipu foi reincorporado a Niterói por ocasião da organização istrativa do Estado do Rio.

Mapa produzido pelo grupo, fonte google imagens

XX

1955 Tombado pelo IPHAN o prédio do Antigo Recolhimento. 1977 Inauguração do MAI Foto Acervo Pessoal

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No início do século XX Recolhimento foi desativado. Algumas famílias de pescadores aram a viver em suas ruínas.

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Linha do Tempo l Ligne du Temps

Também solicitou e conseguiu que o DNOS construísse um canal que seccionou em duas partes a praia.

XX

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Veplan Toda a região em volta da lagoa de Itaipu, inclusive as duas restingas (que separam as duas lagoas e a lagoa de Itaipu do mar), estavam sendo loteada e urbanizada pela Veplan.

Acervo Pessoal

Década de 70 intenso movimento migratório estimulado pela construção da Ponte Rio-Niterói, que facilitou o o a cidade.

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Linha do Tempo l Ligne du Temps

Década de 70 O núcleo de Itaipu, portanto, situa-se na única área intocada (pelo menos diretamente) pela Veplan, que é a região aforada à Colônia, perto do Morro das Andorinhas.

1987 Sítio Duna Grande foi considerado Monumento Símbolo da Pré-História Brasileira

Transição do estágio de agricultura de subsistência à condição de área urbana. E crescimento de serviços na área.

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XX

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Linha do Tempo l Ligne du Temps

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Fonte: Laboratório de Pesquisa LDUB – Niterói.

O parcelamento do solo urbano foi realizado na cidade primeiramente nas áreas à margem daquelas já consolidadas (Centro e Icaraí), além de São Francisco e Charitas, até 1940. É somente a partir dessa década que a Região Oceânica recebe seus primeiros loteamentos, através de políticas de incentivo à expansão imobiliária, como o desenvolvimento do Plano Estrutural de Itaipu, do Urbanista Sabóia Ribeiro, desenvolvido após a anexação do bairro de Itaipú a Niterói (este antes, pertencia à São Gonçalo). Essa expansão da cidade em direção a áreas periféricas, em contraposição a uma densificação de áreas consolidadas foidestaca uma tendência nas cidades sul americanas (HARDOY, 1972). O mapa abaixo as áreasda daépoca cidade que receberam projetos de loteamento até a década de 1960. Pode-se observar que na década de 1940 a presença dos loteamentos é maior nos bairros de São Francisco, Charitas, e em menor escala na região de Pendotiba, já indicando uma expansão em direção às praias oceânica.

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Expansão Urbana l Extension Urbaine

A ponte foi inaugurada em 1974. Fonte: janahstoriando.blogspot.com

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A ponte aproximou as cidades de Niterói e do Rio de Janeiro de maneira radical e houve uma aceleração no processo de ocupação da cidade como um todo, que se refletiu principalmente na Região Oceânica, até esse período praticamente desocupada. O Código de Planejamento Urbano e de Obras de Niterói (Del. 2505 de 1 de julho de 1970) apresentou uma série de medidas quanto ao parcelamento e uso do solo; alguns anos depois é criada a Comissão de Planejamento e Desenvolvimento Urbano (CDPU) que desenvolve em 1975 o primeiro Plano Diretor Urbano da cidade. Essas ações estabelecem novas diretrizes de planejamento urbano voltadas prioritariamente aos interesses

Niterói.

Fonte: Laboratório de Pesquisa LDUB –

Na década de 1950 se intensificam os loteamentos nessa área e surgem os primeiros na Região Oceânica, relacionados especificamente na figura ao lado. A década de 1970 representa um dos principais períodos de mudanças em relação à ocupação da cidade, com a construção da Ponte Rio-Niterói em 1974 e a aprovação do primeiro Código de Obras.

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Expansão Urbana l Extension Urbaine

Fotos do loteamento da praia de Itaipu.Fonte: http://www.desabafosniteroienses.com.br/

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Em 1976 foi aprovado um novo loteamento nas praias oceânicas, o “Plano Estrutural de Itaipu”, substituindo parte daquele aprovado em 1945, e previa uma serie de mudanças que provocariam efeitos ambientais, como o aterro de parte da Lagoa de Itaipu. A ocupação da região nessa época veio acompanhada de algumas intervenções urbanas como a melhoria da estrada Velha de Itaipu e a urbanização de Piratininga. Inserido no Plano Estrutural de Itaipu, o projeto de uma Comunidade Planejada (onde se inseria a praia Camboinhas, na microrregião “Enseada de Itaipu”) partiu da aquisição da área pelo grupo Veplan-Residência, em 1973. Além do terreno, o grupo juntou-se à antiga “Companhia Territorial de Itaipu S/A” (que havia realizado o plano de 1943), formando a subsidiária “Veplan – Residência Companhia de Desenvolvimento de Turismo Territorial Itaipu”, reiterando uma tendência da época de formação de grandes conglomerados no setor imobiliário, em oposição à situação do início do século quando famílias era donas de grandes terras em áreas ainda não ocupadas da cidade.

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Expansão Urbana l Extension Urbaine

À esquerda: plano do urbanista Sabóia Ribeiro de 1945. À direita: plano do escritório de Harry Cole, inserido no Plano Estrutural de Itaipu, de 1976. Fonte: Comissão de análise do Plano Estrutural de Itaipu.

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Nessa conjuntura, as áreas vizinhas à Camboinhas, Itacoatiara e Piratininga também sofreram intervenções semelhantes, o que contribuiu para o insucesso de Itaipú. Além disso, a companhia loteadora era uma dessas empresas familiares, proprietárias de grandes extensões de terra, que tinham o objetivo de obter renda pelo parcelamento do solo, e o fato de as terras pertencerem a uma só pessoa jurídica sem condições legais e financeiras favoráveis prejudicou a comercialização da área. Na figura 4 se encontram as imagens dos planos urbanos do urbanista Sabóia Ribeiro e do escritório de Harry Cole, onde se pode observar a diferença entre os dois.

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Expansão Urbana l Extension Urbaine

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Expansão Urbana l Extension Urbaine

Quando a Veplan constitui-se um conglomerado imobiliário, algumas áreas que adquiriu já haviam sido loteadas (como parte das sub-regiões Piratininga e de Itaipu) e vendidas, e um de seus principais objetivos era lotear o trecho próximo à lagoa de Itaipu e à praia de Camboinhas. O bairro entorno da praia era então ocupado por colônias de pescadores, mas para a execução do projeto, a praia foi cercada com arame farpado e a restinga e as dunas, onde existiam sítios arqueológicos e sambaquis, foram aplainadas para facilitar o parcelamento e a demarcação dos lotes. As praias de Camboinhas e de Itaipu, que formavam uma única paisagem, foram separadas com a escavação de canal permanente, para ar a marina que seria construída ao lado do apart-hotel erguido na restinga, mas a marina nunca foi executada. A Marina está presente na imagem do plano original, com círculos

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No plano de Camboinhas Cole investiu em novos conceitos de urbanização, como ruas de pedestres e ruas sem saída (cul-de- sac), voltados à ocupação para uma classe de maior poder aquisitivo. Seu projeto foi lançado com bastante publicidade: em rádios e até na televisão, a Comunidade Planejada de Itaipu se apresentava como uma alternativa de moradia aos habitantes tanto de Niterói como do Rio, uma vez que, com a Ponte Rio-Niterói, era possível chegar ao Centro do Rio em apenas trinta e cinco minutos.

Desenho do plano urbano de Camboinhas onde se evidencia a presença das marinas. Fonte: Comissão de análise do Plano Estrutural de Itaipu.

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Expansão Urbana l Extension Urbaine

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A ocupação das margens da Lagoa foi proibida por ser esta uma área de proteção ambiental, e as marinas não foram construídas, mas o restante do plano foi implantado e no final da década de 1980 observa-se sua ocupação definitiva, por residências permanentes, caracterizando Camboinhas como o bairro com a maior taxa de crescimento demográfico do município (foram registrados 202 habitantes em 1980 e 2.871 em 2000 ).

Esquemas de imagens de Camboinhas: Plano Estrutural de 1976 e imagens atuais do Google Earth. Fonte: Laboratório de Pesquisa LDUB – Niterói. Lançamento do empreendimento “Portais de Itaipu” pela construtora e incorporadora Veplan.

Mapa mostrando para onde foram os pescadores que antes residiam na praia e na beira da lagoa. Fonte: produção própria do grupo sobre base do Google Maps.

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O processo de ocupação da cidade de Niterói, através de parcelamento do solo, loteamentos, e políticas de incentivo, ocorreu principalmente ao longo do século XX. A Região Oceânica, mais afastada na cidade em relação ao o ao Rio de Janeiro, tornou-se objeto de interesse do mercado imobiliário na medida em que a ocupação da cidade expandiu-se, e que se percebe na área uma alta qualidade paisagística, podendo tornar-se um atrativo à sua ocupação. Percebe-se que é a partir da década de 1970, com a construção da ponte RioNiterói, que sua ocupação é efetivada por mecanismos legais de uso e ocupação do solo, havendo antes disso a presença de ocupações irregulares, além da antiga colônia de pescadores, que com o processo de loteamento foram expulsas da área.

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Expansão Urbana l Extension Urbaine

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Expansão Urbana l Extension Urbaine

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As políticas públicas que conduziram os projetos, planos e obras nas praias oceânicas foram claramente imparciais, permitindo que o mercado imobiliário conduzisse a ocupação da área por uma população de alto poder aquisitivo. Este fenômeno ocorre com mais força no bairro de Camboinhas, onde tanto o projeto urbano desenvolvido como sua campanha de divulgação apresentavam uma segregação espacial para seus moradores, em posição de elite. O traçado foi inspirados em luxuosos balneários estrangeiros e, junto com a istração do transporte público, proporcionou uma semi-privatização da praia.

Fotos atuais. À esquerda: Camboinhas; à direita: Vila dos Pescadores de Itaipu Fonte: www.skyscrapercity.com

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Sítios de Interesse l Sites d’intêret

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A primeira população que teve contato com essa região são chamados de sambaquieiros. Esse nome de sambaqui é de origem tupi e significa (Amontoado de conchas). Muitas dessas dunas são artificiais, produzidas pelo homem, e levaram milhares de anos para chegarem a esse formato. O sambaqui de Camboinhas possui 30m de altura e é considerado um dos maiores do mundo. Na década de 70 foi nomeado monumento da arqueologia brasileira. Itaipu tem registrado 3 sambaquis: Camboinhas, Duna Pequena e Duna Grande.

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Sambaqui de Itaipu

Coleção Ildo de Melo

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Sambaqui é considerado um tesouro arqueológico e desde a década de 70 sofre com ameaça imobiliária. O Museu Socioambiental de Itaipu se responsabiliza em abrigar o que for encontrado e preservar a memória dos grupos humanos que viveram nessa região. Ao longo dos anos os moradores que frequentavam a duna assim que encontravam algum osso ou peça diferente comunicava para retirada do material. Até hoje o museu não tem permissão para escavar a região. O maior trabalho do museu é conscientizar a população, o material exposto no museu é graças as doações dos moradores. A duna não tem qualquer tipo de cercamento, as placas de identificação de sítio arqueológico não tem destaque e as pessoas por falta de aviso ou limites acabam causando dano a região.

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Sambaqui de Itaipu

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Cemitério l Cimetière

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pelo grupo sobre base do Google Maps.

A história do Cemitério de Itaipu está intimamente ligada às diversas obras realizadas através dos tempos, na Igreja Matriz de São Sebastião. João Pinto de Lacerda, dono da fazenda de Itaipu, arrematou as obras da Igreja e o assunto se arrastou por muitos anos. As obras tiveram início em finais de 1840.

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Cemitério l Cimetière

Em junho de 1841 Rivière informou ao Presidente da Pronvíncia que as obras pararam e o motivo é o cemitério, isto é, do contínuo sepultamento no lugar que se tem de abrir alicerces. O arrematante diz que a Câmara Municipal não deu decisão sobre o lugar do novo cemitério. O arrematante Lacerda explica o motivo da paralisação da obra: “em razão de se estarem sempre sepultando cadáveres de fregueses que falecem nos próprios lugares onde tem de abrir alicerces, ou armar andaimes, por cujo motivo até operários recusam-se ao trabalho por inconvenientes de epidemias ocasionadas pelos pestíferos cheiros que foi reconhecido pelo próprio Capitão Ajudante de V. S. que lá esteve e pelo próprio Presidente que se dignou ir pessoalmente examinar as obras.”

Primeiro local Google Maps

do

cemitério.

Fonte:

Local escolhido para transferência do cemitério. Fonte: Google Maps

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“o cemitério está presentemente ocupado com materiais desnecessários para a construção da mesma Freguesia, resultando por isso que os cadáveres se sepultem dentro da confraria da Igreja com grave detrimento do andamento da obra em que se encontravam a cada o, corpos mal consumidos que exalam cheiro pestífero e assim pede ao Presidente para mandar sustar aquela ordem e determinar que visto o impedimento alegado se transfira o cemitério para uma das 3 capelas filiais daquela Freguesia ou para o Oratório da Barra.”

o pelo grupo sobre base do Google Maps.

Igreja Matriz da Freguesia de Itaipu uma praça, que, além de aformosear o lugar, é de grande vantagem pública, até porque devido a dita praça compreender um terreno que pertence a João Pinto de Lacerda onde existe uma lagoinha que com suas águas estagnadas, torna insalubre aquela parte da Freguesia, cessaria esse inconveniente logo que fosse aterrada a dita lagoinha; ponderando também ser de muita utilidade a construção de um cemitério ao lado direito da mencionada Igreja.”

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Em 7 de dezembro de 1840, em Itaipú reuniram-se o vereador Manoel de Frias e Vasconcelos, o Vigário Antonio Brandão de Mello, o Arrematante João Pinto de Lacerda, o armador João Ramos Delgado, o Secretário Pedro Antonio Gomes com ordem do Governo Provincial e de acordo com os senhores acima citados, deu-se começo a medição do terreno que deva ficar servindo de cemitério da referida Freguesia, depois de examinado o terreno que mais convinha por oferecer mais capacidade, assentarem que o dito cemitério fosse demarcado em dez braças de terreno a cada lado da nova Matriz e dez do lado do fundo da mesma, devendo ser murado e com seus competentes portões aos lados. O Presidente da Província, Aureliano de Souza e Oliveira Coutinho, a 29 de janeiro de 1846 expediu “Tendo a Câmara Municipal desta Imperial representado a este governo sobre a necessidade de abrir-se em frente a um documento de importância paraCidade o assunto abordado:

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Cemitério l Cimetière

O cemitério se encontrava na frente da Paróquia São Sebastião e propostas para sua retirada em virtude da obra era constante. A ideia mais forte era a de que o cemitério fosse transferido para um terreno ao lado da Igreja enquanto que o terreno da frente, espaço do cemitério, fosse transformado naquilo que, para os prejudicados, era considerado um bem para a comunidade de Itaipu: uma praça. Eis que o engenheiro encarregado das obras diz ao Presidente da Província que o cemitério não atrapalha a obra. Após o falecimento do Vigário Brandão de Mello, o Vigário José Antonio Teixeira Pemerim, encomendado da Freguesia por provisão de 18 de outubro de 1860 em ofício diz:

Cemitério atual. Fonte: Google Maps.

“Esta Freguesia Exmo. Sr. Não possui um cemitério para o enterramento de sua população! Tal é o primeiro clamor geral. Supre a essa lacuna tão palpável e que toca à desumanidade ou falta de sentimento religioso e o devido respeito que se deve tributar aos finados todo o espaço ladeirento que se entende à frente da Matriz formando um campo em aberto que serve de pastagem aos animais e onde pelas muitas pedras que se encontram, torna-se dificultosíssimo o abrimento de qualquer sepultura... Há um terreno que fica por traz da Matriz na melhor colocação que para tal fim foi doado pelo Fazendeiro do lugar, o Sr. Albino José da Rocha, assim como a pedra para feitura da obra. Está tudo nos papéis da Câmara Municipal.”

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Cemitério l Cimetière

“Monsenhor, Esta Paróquia que confina com Maricá, São Gonçalo, Cordeiros e Niterói está quase isolada por falta de boas estradas. Ela conta com uns 8.000 habitantes, sendo, portanto, digna de ter um Vigário sedentário. A visita do Vigário na Matriz é mensal, e (ou bem), quando ele é chamado lá, isto é, umas 10 vezes por ano. Os ofícios religiosos são sempre muito concorridos, o espírito do povo de Itaipu é geralmente religioso e muito bom, mas muito pobre é o povo, em geral composto de pescadores e lavradores.” Trecho extraído de “Relatório da Freguesia de São Sebastião de Itaipu, ano de 1911, escrito pelo Padre Paulo Estibayre

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A Paróquia de S. Sebastião de Itaipu é muito antiga. Sua história começa a ser registrada em meados do séc. XVII, quando iniciou-se a construção pelos padres jesuítas para atender a catequese de escravos , índios e pescadores livres da região. A obra foi concluída em 1716. Foi elevada à Paróquia por Alvará de 12 de janeiro de 1755, tendo como primeiro pároco o padre Manoel Francisco da Costa, que ficou à sua frente por 67 anos ininterruptos. Por volta de 1830 a igreja já encontrava-se de tal forma degradada que tornou-se imprescindível a reforma. Esta, mesmo logo iniciada pelo Governo da Província, foi atrasada por vários imprevistos, só sendo concluída em 1898 para a festa do padroeiro. Em 1908, por ausência de um pároco para istra-la, foi extinta a Paróquia de São Sebastião de Itaipu e sua congregação, anexada à Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, em Jurujuba. Durante esse tempo, alguns párocos realizavam missas na Igreja a pedido dos fiéis:

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A Igreja de São Sebastião de Itaipu l Église

Fonte: olhares.uol.com.br/igreja-de-sao-sebastiaoitaipu-rj-foto5019915.html

Fonte: www.oocities.org/br/bandaemnomedopai/igreja/igreja_it aipu1.jpg

Fonte: 1.bp.blogspot.com/5pK9jC4tgL0/UtWhzT320UI/AAAAAAAAKe8/crdBYx6Sq K8/s1600/3.jpg

Em 1977, chegou um novo pároco para Itaipu, o Missionário Redentorista Pe. Lúcio Pinho, nomeado pelo Bispo D. José Gonçalves da Costa. Ao chegar, encontrou a matriz em profundo abandono, tendo em sua frente a difícil tarefa de restaurar o prédio e reativar o trabalho pastoral e a comunidade. Um ano depois, com a igreja sendo reerguida o Instituto Estadual do Patrimônio Cultural, tombou a igreja. A partir de 1983, tomaram posse da paróquia de São Sebastião, os padres poloneses da Sociedade do Apostolado Católico, Palotino, responsáveis pela Igreja até a presente data.

A Igreja em diferentes épocas

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A Igreja de São Sebastião de Itaipu l Église

Fotos atuais – grandes vãos

Fotos atuais – a capela

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As construções dos recolhimentos foi uma solução para o crescente número de assassinatos quando os maridos tinham permissão para ass as mulheres adulteras. O primeiro recolhimento construído no Brasil data de 1739. O Recolhimento de Santa Tereza data de 1764. É uma construção em pedra, com molduras de cantaria e argamassa de restos de conchas e óleo de baleia. Possui uma planta em formato de retângulo de 46,40m de comprimento por 26,6m de largura. Sua construção predomina as linhas horizontais, péé́ direito baixo e vãos largos. O conjunto não é simétrico, embora haja elementos dispostos simetricamente em relação à entrada principal. Localizada ao fundo, ao lado direito, destaca-se a capela, com porta almofadada e ferragens primitivas.

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O Recolhimento l Retraite

Maquete das ruínas do Recolhimento, hoje Museu Socioambiental de Itaipu exposta no Museu.

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Recolhimento de Santa Teresa serviu para depósito de mulheres, devido a imposição, proteção e punição quando a mulher ultraava os limites sociais da época. Um dos motivos mais comuns era o divórcio. Por um tempo o recolhimento funcionou ilegalmente mas apoiado pelo Bispo D. José Joaquim Justiniano Mascarenhas Castelo Branco e pelo ViceRei D. Luís de Vasconcelos e Sousa logo conseguiu o consentimento real. Em meados do século XIX, o Recolhimento foi desativado e o lugar ou a servir de asilo para crianças. No início do século XX, mais uma vez desativado e em processo de deterioração, o Recolhimento serviu de abrigo para algumas famílias de pescadores da colônia da região até ser objeto de um processo de patrimonialização, formalizado em 1955. O Monumento pode ser considerado como um importante objeto de análise sobre a condição feminina no período colonial e imperial.

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O Recolhimento l Retraite

Inaugurado em 22 de Março de 1977, e com o principal objetivo o desenvolvimento de programas educativos e culturais voltados para as escolas e a comunidade local, com ênfase nas arqueologias pré-histórica e histórica, buscando promover comunicação intensa com seu público. Maior área a céu aberto, com 7 pátios gramados e arborizados. A parte coberta é composta pela sede do museu, pela sala de exposição Foto: Acervo permanente, pela capela. Pessoal

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O Museu foi instalado nos remanescentes do Recolhimento de Santa Teresa (séc. XVIII), e é caracterizado como sítio arqueológico histórico. Edificação constituída de pedras, conchas e óleo de baleia utilizado como argamassa, esse capturado das baleias na localidade.

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Museu de Arqueologia de Itaipu l Musée

Foto: Acervo Pessoal

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Capela com arquitetura simples, alguns moradores afirmam que ela é originária da época do Recolhimento e outros sustentam que ela foi construída por pescadores, mas ainda não se sabe a data da sua construção.

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Museu de Arqueologia de Itaipu l Musée

Foto: Acervo Pessoal

Os objetos que compõem a Coleção foram coletados no sítio arqueológico pré-histórico Duna Grande, localizado próximo aos MAI e doados ao Museu pelo Senhor Hildo, que teve papel importantíssimo na história do MAI. Costumava fazer replantios de espécies nativas que eram retiradas do Morro das Andorinhas e, na Duna Grande, realizava a coleta dos achados arqueológicos que, devido à ação dos ventos, afloravam. Faleceu em 2003, considerado “arqueólogo amador”.

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O acervo do MAI é composto por aproximadamente 980 peças distribuídas entre a coleção de Hildo de Melo Ribeiro, uma Canoa do século XIX e os blocos de testemunhos dos Sambaqui de Camboinhas.

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Museu de Arqueologia de Itaipu l Musée

Foto: Acervo Pessoal

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WEHRS, Carlos. Niterói, Cidade Sorriso – A História de um Lugar. Niterói: Gráfica da Vida Doméstica, 1984. CASADEI, Thalita de Oliveira. A Imperial Cidade de Nictheroy. Niterói: Serviços Gráficos Ímpar, 1988. _______. Páginas de História Fluminense. Niterói: Gráfica da Vida Doméstica, 1971. CASTILHO, Priscila Silva. Museu de Arqueologia de Itaipu: Um patrimônio onde acontece educação. 2007. 71 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Pedagogia) – Faculdade de Educação, Universidade Federal Fluminense, Niterói. FIGUEIREDO, Fernanda. Uma aldeia indígena urbana: um movimento de resistência visto sob a ótica de diferentes atores sociais. 2012. 107 p. Dissertação de Mestrado (Pós-graduação em Geografia) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. Disponível em: . o em: 11 abr. 2014. Monumentos do Rio de Janeiro. Disponível em: <www.monumentosdorio.com.br/monu/br/rj/038.htm> o em: 11 abr. 2014. Itaipu - Camboinhas: 1979 a 2011. Disponível em: <www.desabafosniteroienses.com.br/2011/06/itaipu-camboinhas-19792011.html> o em: 11 abr. 2014. DDP – FAN. História de Niterói. Disponível em: <culturaniteroi.com.br/blog/? id=430> o em: 12 abr. 2014.

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Bibliografia l Bibliographie

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Atelier Integrado Internacional / 2014 - 1

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12/04/14

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